No Fundo do poço.

Arremessado ao fundo do poço tão fundo,

quanto negro.

Vazando de palavras enroladas em silêncios mentirosos,

e desgastado pela erosão das vozes que se arremessam às águas paradas.

 

Assim desci em queda  entre lodos,

arrastado por gritos em sufoco, perdidos.

Flutuando na água em círculos, como folha de outono,

caída sem graça e esmagada por quem passa.

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Gó 2008